"Em nossos sonhos de volta à infância, nos poemas que todos gostaríamos de escrever para dar nova vida, outra vez aos devaneios originais, para nos devolver o universo da felicidade, a infância aparece no próprio estilo da psicologia profunda como um verdadeiro arquétipo, o arquétipo da simples felicidade. É por certo uma imagem em nós, um centro para imagens que atrai imagens felizes e repele as experiências de infelicidade. Mas essa imagem, no seu princípio, não é completamente nossa; ela tem raízes mais profundas do que as nossas meras recordações. Nossa infância testemunha a infância do homem, do ser que é tocado pela glória de estar vivo". (in: BACHELARD, G. Devaneios sobre a infância, in: ABRAMS, J. (org). O reencontro da criança interior. São Paulo: Cultrix, 1990-p.53)
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