quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Mãe e Filha

O livro Mean Mothers – Mães Más – coletou histórias de relações tumultuadas de filhas que não foram amadas, porque suas mães não puderam ou quiseram fazê-lo. A seguir os principais sintomas desenvolvidos na filha em idade adulta:
1) Baixa auto-estima                                               

2) Falta de confiança nas outras pessoas
3) Dificuldade de estabelecer limites para si e para os outros, sendo muito difícil dizer “não”
4) Auto-imagem distorcida
5) Mantém comportamento de esquiva, pois há dificuldade em se aprofundar nas relações inter-pessoais
6) Apresenta Hipersensibilidade, que  exagerando nos sentimentos, pode brigar muito, guardar mágoas sem sentido e criar problemas em seus relacionamentos com as pessoas em geral
7) Relacionamentos em espelho, ou seja, namorar ou casar com pessoas com características de personalidade muito parecidas com as da sua mãe.


sábado, 24 de outubro de 2015

Eros e Psique

"Conta a lenda que dormia
uma Princesa encantada
a quem só despertaria
um Infante, que viria
de além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
vencer o mal e o bem,
antes que, já libertado,
deixasse o caminho errado
por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
e orna-lhe a fronte esquecida,
verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
sem saber que intuito tem,
rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino –
ela dormindo encantada,
ele buscando-a sem tino
pelo processo divino
que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
tudo pela estrada fora,
e falso, ele vem seguro,
e, vencendo estrada e muro,
chega onde em sono ela mora.
E, inda tonto do que houvera,
à cabeça, em maresia,
ergue a mão, e encontra hera,
e vê que ele mesmo era
a Princesa que dormia."
(Fernando Pessoa)


Ego segundo Jung



"Entendo o ‘Eu’ (Ego) como um complexo de representações que constitui para mim (indivíduo), o centro do meu campo de Consciência e que me parece ter grande continuidade e identidade comigo mesmo. Por isso, falo também do complexo do Eu ou complexo do Ego. O complexo do Eu é tanto conteúdo quanto condição da Consciência, pois um elemento psíquico me é consciente enquanto estiver relacionado com o complexo do Eu. Enquanto o ‘Eu’ for apenas o centro do meu campo consciente, não é idêntico ao todo de minha psique, mas apenas um complexo entre outros complexos. Por isso distingo entre Eu (Ego) e Si-mesmo (Self). O Eu é o sujeito apenas da minha Consciência, mas o Si-mesmo é o sujeito do meu todo, também da psique inconsciente. Dentro dele está o Eu. O Si-mesmo ‘gosta’ de aparecer na fantasia inconsciente de 'personalidade superior' ou 'ideal', assim como, por exemplo, o Fausto de Goethe e o Zaratustra de Nietzsche. Neste sentido, o Si-mesmo seria a grandeza ideal que encerraria personalidade superior ou ideal (...) Por amor à idealidade, os traços arcaicos do Si-mesmo foram apresentados como distintos do Si-mesmo ‘superior’: em Goethe,na forma de Mefisto; em Spitteler na forma de Epimeteu; na psicologia, como o demônio ou o anticristo; em Nietzsche, Zaratustra descobre sua Sombra no ‘mais feio dos homens’." (Tipos Psicológicos, p. 406)

sábado, 10 de outubro de 2015

Cauda Pavonis

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O PROCESSO ALQUÍMICO E A PSICOTERAPIA JUNGUIANA
                                                                 Por: Paulo C. de Souza


A maioria dos escritores dividia a via úmida em quatro estágios e os associava a cores e suas vibrações. Como não podia deixar de ser, os nomes eram em latim: Nigredo (preto), Cauda Pavonis (cauda do pavão ou arco-íris), Albedo (branco) e Rubedo (vermelho). Esses quatro processos ou etapas, se observados de uma maneira global, lembram um pouco as quatro fases da psicoterapia que Jung descreveu: Confissão, Esclarecimento, Educação e Transformação.
Antes de tentarmos ver um por um os processos acima citados, temos de ter em mente que esse processo é cíclico, qual uma ‘espiral ascendente’ e praticamente nunca termina; tanto na alquimia como no processo de individuação de Jung. Ou seja, quando terminamos uma Rubedo voltamos à Nigredo; quando terminamos uma Transformação, voltamos a uma Confissão. É claro que esse retorno nunca é a um ponto inicial do processo e, sim, um pouco mais para dentro e um pouco mais para cima. Funciona como uma longa estrada para alcançar o topo de um morro. A estrada vai contornando o morro de maneira suave e imperceptível, e de repente percebemos que já ultrapassamos as primeiras nuvens. Além disso, nada nos impede, estando numa Albedo, de retornar para a Nigredo; assim com, da Educação, retornar ao Esclarecimento. O importante é sabermos que por mais lento que seja o caminho ele é sempre para diante!
A Nigredo, o negro, já nos sugere a morte, a sombra, o pesado, o denso, o sofrimento. Foi isso que nos disse Jung quando falou da confissão no consultório do psicólogo. Contamos nossa vida, nossos segredos, nossos aborrecimentos, nossos sonhos não alcançados e, na maioria das vezes choramos como um bebê que está com fome e quer mamar ou lhe tiraram o brinquedo predileto. Ou seja, morremos para uma vida que não valia a pena ou que simplesmente passou (valia a pena talvez naquela época, agora já não vale mais). Nessa ocasião ficamos parados, inativos, deprimidos, sem ânimo, introvertidos, quietos e sentimos que algo se ‘dissolve’ em nós. Por mais angustiante que seja o processo, o importante é seguir o que ele recomenda: ficar quieto e adiar tudo o que for possível. Quando estamos jogando nossos ‘conflitos psicológicos’ nos problemas exteriores, ou seja, no mundo em que vivemos; eles se sobrepõem e se confundem, numa mistura homogênea. Podemos usar a metáfora do ‘copo com água e álcool’; você olha para aquela substância branca e não sabe quem é quem. Daí, as decisões nessa fase da vida possuírem uma chance muito grande de dar errado. Devemos identificar os problemas que são nossos e separá-los dos problemas do mundo. Continuando na metáfora do ‘copo’; é preciso colorir a água para poder separá-la com mais facilidade do álcool.
Depois disso é como se o preto ¾ que é a ausência de todas as cores ¾ transformasse no branco ¾ que é a presença de todas as cores. Só que é o branco decomposto em todas as cores por uma espécie de ‘cristal‘ e essa pedra cristalina é muitas vezes o nosso analista, outras vezes um padre, um sacerdote, um velho amigo ou até o travesseiro. É por isso que alguns alquimistas pulam a fase da ‘cauda pavonis’ e vão da Nigredo para a Albedo. Mas como Jung colocou muito bem, após a confissão de seus temores mais profundos, o paciente fica esvaziado e se fixa na figura do psicólogo; esse fenômeno levou o nome complicado de ‘Transferência’ (até a psicologia imita a alquimia em matéria de nomes complicados). Como o nome já sugere, transferimos para a figura do analista as figuras interiores que antes estávamos jogando no pai, na mãe, no irmão, no vizinho, na namorada, no marido etc. Essa transferência precisa ser ‘esclarecida’ e discutida com o paciente para que ele entenda o que está acontecendo em sua alma ainda conturbada, embora já bastante aliviada com o auxílio da confissão. Muitos alquimistas representaram o desmembramento do branco com o desmembramento do corpo humano. Acontece na realidade o desmembramento de nossa psique; mas temos que manter essa dissociação da nossa psique sob o controle do Ego. É para isto que ele possui as características e a função de um ‘complexo gerenciador’. Um gerente de uma grande fábrica não olha diretamente o que cada operário faz, não consegue saber o nome de todos os seus 5.000 funcionários; mas, com uma rápida análise dos seus gráficos de produção ele sabe de tudo que acontece no seu negócio e pode se concentrar no que julga importante no momento.
Após esta etapa, naturalmente vem o branco, a Albedo, a brancura, o clareamento, o entendimento, o conhecimento, uma certa tranqüilidade. É como se todas as cores do arco-íris se fundissem e nos mostrassem a beleza do branco, da paz, do espiritual. Deve ser por isso que se diz que no fim do arco-íris está um pote de ouro. O problema é que nunca encontramos o fim do arco-íris, mas na maioria das vezes o caminhar é o verdadeiro tesouro. Nesse estado de brancura nos educamos e nos inteiramos que existe uma vida nova que pode ser seguida e quando olhamos para trás, o esforço já não parece tão grande. Lembremos que educação é repetição, porque para assimilar alguma coisa precisamos repetir, precisamos tirar todos os véus dos preconceitos, precisamos entender que os problemas estão dentro de nós, precisamos ver que o outro está ali também na sua busca. Precisamos até entender que muitos buscam o mesmo Deus que nós buscamos, só que por caminhos diferentes, mas geralmente, também chegam lá. Corremos um risco de achar que o nosso gerente, o Ego, é o maior gerente do mundo, pois está tocando uma fábrica de grande porte. Cuidado com a estagnação, o equilíbrio é sempre dinâmico e só o conflito nos faz crescer e quando não crescemos, caímos. É mais ou menos como andar de bicicleta, quanto mais rápido mais equilíbrio, o movimento nos mantém em linha reta. Vocês poderiam dizer que algumas pessoas ficam em pé em um bicicleta parada. Mas o lugar deles é no circo e perdem o objetivo da locomoção, que é o objetivo da vida.
Quando estamos nesse processo de uma certa calmaria, as coisas vão entrando nos eixos. Mas é hora, por incrível que pareça, de colocar paixão, fogo, ardor, vermelho, Rubedo. Aí conseguimos transformação ¾ transformar é ser o que já era, sem precisar fazer força para isso. É quando não roubamos o vizinho; não com medo da prisão, mas porque acreditamos que isso não é o correto. É quando não batemos no inimigo; não com medo do revide, mas quando temos compaixão por outro ser humano. Na transformação conseguimos um movimento com um mínimo de atrito. É quando nos aproximamos dos pólos; lá o movimento como um todo é o mesmo, mas, o deslocamento menor. Temos mais consciência de fazermos parte de um mundo, percebemos que somos dependentes de tudo e ao mesmo tempo tudo é impermanente. Só nos resta a essência da alma, algo dentro de nós que não morre nunca. Estes processos nos levam a essência da vida por um caminho relativamente suave. Não deixem de buscá-la, senão a dor pode vir para nos lembrar de tudo isso. Quem já sentiu uma dor muito forte sabe que naquela hora não conseguimos pensar em mais nada, só em acabar com ela. Tentem lembrar de tudo que pensaram na hora da dor, tanto física quanto espiritual e estarão perto do que é a essência.
Podemos imaginar então que o processo está todo concluído... Vamos descansar. Ledo engano, a transformação ocorreu sim, mas em parte do nosso ser. Temos de voltar a Nigredo e a Confissão, temos de passar pelas cores até o branco e, de novo inflados com o esplendor da luz, vamos mais uma vez nos inflamar para chegar às brasas, ao rubro, a Rubedo. Esta é a roda da vida e não pára nunca, nela vamos girar sem parar por muito tempo. Mas posso garantir: quem fizer um primeiro ciclo vai aceitar todo os outros com galhardia, força e abnegação e principalmente com pequenos momentos de felicidade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Técnica SoulCollage

SoulCollage - dar sentido à sua vida

Por: Anne Bennett 














Imagine uma atividade de arte barata que pode orientá-lo direto para o coração da sua própria verdade. Imagine uma prática que incentiva a inteireza do corpo, mente e espírito, que lhe fornece uma oportunidade para jogar e se aventurar. Imagine uma ferramenta de crescimento pessoal e ao mesmo tempo que lhe dá asas para voar. Agora... imagine realizar tudo isso com materiais mínimos (tesoura, cola, papel, fotos de revistas) e em menos de uma hora!
Esta extraordinária ferramenta para o crescimento pessoal é SoulCollage, uma mistura única de prática terapêutica e do divertimento da arte da colagem. Usando intuição e imaginação, é possível criar colagem com cartões, onde cada um reflete um aspecto diferente de seu Eu original. Os cartões são usados para acessar sua sabedoria interna e profunda, e também para ajudar a responder as perguntas que surgem de sua jornada de vida. SoulCollage usa a forma de arte tradicional da colagem, não sendo necessário ser um artista, o único requisito é a vontade de ir para dentro de si. 

Há quatro naipes de um baralho de SoulCollage:
- O Comitê (as vozes interiores em nossas mentes)
- A Comunidade (a família e amigos que amam e nos apóiam)
- Os companheiros (totens animais que nos emprestam suas energias para a cura e crescimento)
- O Conselho (arquétipos que simbolizam os temas principais da vida para nós).
Cada cartão que você faz, usando a prática de SoulCollage, pertence a um destes fatos.

Cada carta de seu repertório SoulCollage tem um nome e deve respeitar todas as suas vozes individuais: tanto o luminoso e claro, como o escuro e o sombrio, porque é somente aceitando todas as facetas de nós mesmos, poderemos alcançar a nossa totalidade psíquica.

O processo de SoulCollage mudou minha vida de várias maneiras. Acho que agora estou mais em contato com todas as vozes dentro de mim, e isto tem me oferecido uma liberdade que é muito preciosa. Porque dei imagem para as vozes mais escuras dentro de mim (aquela que está com raiva, aquela que se sente como ela não é suficiente, aquela que é focada em sobrecarga, aquela que critica tudo o que eu faço), eu fui capaz de integrá-las em minha personalidade com mais fluidez e aceitação.

Esta assimilação saudável significa que me sinto mais inteira e completa do que nunca. E esta totalidade levou a algumas mudanças notáveis na minha vida interior e exterior: eu fui capaz de deixar um emprego que eu tinha há dez anos, porque finalmente vi que já não me servia mais, eu estou mais confiante na minha capacidade de dar-me o que eu preciso, eu estou mais em contato com os meus sonhos e agora posso ver o que preciso fazer para torná-los realidade, e eu tenho sido capaz de lidar com minha recuperação de uma doença grave (câncer de mama), de uma forma profunda que tem mostrado minha fé e a capacidade para superar meus medos de um outro diagnóstico.

Você pode fazer um cartão de SoulCollage intencionalmente, onde você identifica uma voz interior, ou um animal companheiro ou um membro de sua comunidade e procura encontrar as imagens para esse cartão, concentrando-se apenas nele.

Geralmente, no entanto, os cartões são feitos intuitivamente. Às vezes você vai fazer um cartão de SoulCollage e não saber o que ele significa. Esta é uma parte do processo, e a melhor coisa que pode fazer é confiar no processo.

Depois de fazer um cartão, é hora de descobrir o que tem a dizer para você. Você pode fazer isso sozinho através de um exercício, fazendo as três perguntas e, em seguida, escrever as respostas ou gravá-las, são elas:

-Quem é você?
-O que você tem para me dar?
-O que você quer de mim?

Se você não está confortável com a escrita, ou não pode gravar as respostas, este exercício pode ser feito verbalmente com um parceiro, sendo que ele lhe faz as perguntas e anota as respostas.

Aqui está um exemplo de como o ato simples e divertido de fazer um cartão de colagem como este, pode levá-lo no mais profundo da sua própria sabedoria interior. O primeiro cartão de SoulCollage que fiz, tinha como sua imagem central, uma menina em um vestido branco com babados, sendo arrastado em algum lugar por uma mulher mais velha em um vestido escuro monótono. Fiquei intrigada com esta imagem (a partir de uma propaganda), mas eu não tinha idéia o que poderia significar. Eu confiei no processo e recortei a imagem cuidadosamente, em seguida, coloquei contra vários fundos até que encontrei uma que parecia corresponder a sua intensidade: um close de um avião perto de uma ponte pênsil. As planícies cruzadas e fios da ponte perto do avião sinalizou para mim a encruzilhada de momentos, de confusão e caos. Ahhh... Seu significado já estava começando a fazer sentido na minha mente.

Então eu fiz o exercício em voz alta com um parceiro. Nós dois olhamos com reverência para o cartão que eu tinha criado.

- "Quem é você?", perguntou meu parceiro.

Eu usei minha imaginação para inserir a imagem e falei minhas respostas, como se eu fosse a menina. Eu poderia ter respondido nas palavras da mulher mais velha, mas eu confiei na minha intuição, que me disse que eu era a menina que tinha algo para me dizer.

- "Eu sou aquela que se sente puxada em duas direções, respondi.

Meu parceiro escreveu em baixo tudo o que eu disse.

- "Eu sou aquela que é bonita. Eu sou o única que não gosta de usar vestidos".

Eu fiquei parada, esperando as palavras certas virem até mim. Deixei alguns segundos entre minhas respostas.

- "Eu sou aquela que não quer ir onde esta mulher está me levando... Eu sou aquela que está se afastando de onde ela deveria estar, porque eu não quero ir."

"O que você tem para me dar?", meu parceiro perguntou suavemente.

"O que você tem para me dar?" Eu perguntei a menina no meu cartão. Eu parei e  esperei, imaginando o que ela dizia para mim em resposta a esta pergunta.

- "Dou-lhe..."

- "O que você quer de mim?" Eu ouvi meu parceiro dizer em seguida.

- "O que você quer de mim?" Eu disse para a imagem da menina, imaginando sua resposta.

- "Eu quero que você perceba que não tem que ir para qualquer lugar que não tem vontade. Eu quero que você pare por um minuto de girar ao redor dos outros e ouvir apenas eles, indo em várias direções. Eu quero que você veja que a mulher que está arrastando-me, não está segurando tudo o que é bom. Eu quero que você perceba que você tem escolha."

Este exercício levou apenas alguns minutos, mas quando acabou, havia lágrimas alegres de entrega e compreensão nos meus olhos. Fazendo este cartão e, em seguida, dialogando com ele, eu tinha dado voz à parte de mim que era saudade, e deveria me afastar de um trabalho que tinha uma vez servido minhas necessidades, mas agora estava me segurando. Já havia tido conhecimento desta voz interna, mas apenas vagamente.

O processo de SoulCollage tinha me dado as ferramentas que eu precisava para entrar em contato com essa parte de mim e, assim, poder ser capaz de fazer mudanças na minha vida, pois somente com a confiança em mim mesma poderia ter espaço para crescer, criando as raízes com a terra e as asas com que meu espírito pudesse voar.