quinta-feira, 12 de novembro de 2015
No final de ano...
Em tempos de luta por direitos mínimos, como água, alimentos e acesso à saúde, somos engolidos por uma metralhadora de propagandas para o consumo. Sim, o Natal se aproxima, e com ele a ditadura do ser e ter. Você não precisa ter muito para ser feliz, mas é influenciado para que consuma, cada vez mais, sem necessidade, para que seja criada uma falsa ilusão de completude no vazio existencial, que assombram a maioria das pessoas. E o precisar ser muitas coisas, se resume nessa exigência contínua de vários papéis e tarefas que "temos" que cumprir, e rápido, para sermos pessoas bem sucedidas. Percebo que de tantas informações, possibilidades e velocidade que hoje se relacionam com as nossas vidas, cresce fortemente o número de casos de adoecimento psíquico. Estamos nos tornando superficiais e frágeis, vide a crescente construção de bares e farmácias nas cidades. Onde estão as crianças que brincavam na rua enquanto os vizinhos batiam papo na calçada? Onde estão os parques e praças que as cidades deveriam ter para melhorar a convivência entre as pessoas e o contato com a natureza? Por que tanta intolerância contra as diferenças? Para que tantos carros blindados, segurança privada, câmeras de segurança, cercas elétricas e sistema de alarmes? Do que tanto temos medo? Da violência? Mas quem gera violência? Será que não somos nós os responsáveis devido ao distanciamento de nós mesmos? Então, nesse Natal, não compre muitas coisas, apenas esteja perto das pessoas que você ama e celebre a vida! E no próximo ano não tente ser muitas coisas, tente ser você mesmo. Encontrar a si e aceitar o que você é, pode ser o primeiro passo para transformarmos nosso planeta em um lugar melhor para todos.
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